O ano de 2025 já começou me atropelando. Janeiro foi longo e ao mesmo tempo passou voando. Sinto saudade do tempo em que o ano só começava após o carnaval. Na verdade, entre o final de 2024 e o início de 2025, tive apenas um respiro com os feriados caindo em dia de semana porque, fora isso, a correria foi intensa. Onde trabalho, temos quatro projetos imensos para entregar agora no início de fevereiro, então os dias estão sendo intensos e o cansaço mental, mais ainda. Queria ter enviado essa edição há alguns dias, mas devido à correria, trabalhando todo dia até mais tarde e aos finais de semana, só consegui parar para escrever agora. Ainda bem que tenho meus livros tão amados pra ter um refúgio e sair de telas após um dia inteiro vidrada. Falando neles, vamos às leituras de janeiro:
1 - Friends, Lovers and the Big Terrible Thing
Comecei esse ainda em 2024 e escolhi essa leitura porque o Chandler sempre foi meu personagem preferido em Friends. Em termos de literatura, esse livro não é nada demais, mas queria entender a vida desse ator por trás das inúmeras piadas contadas na série. Não tinha ideia do quanto ele sofreu com seus vícios em medicamentos, álcool e cigarro. E eu acho que diante de tudo que ele usou e abusou ao longo da vida, o fato de ele ter chegado aos 54 anos foi surpreendente. Foi uma leitura interessante, pesada e agoniante, uma vez que ele tinha todos os recursos financeiros para encontrar os melhores profissionais para ajudá-lo e, mesmo assim, não conseguiu se libertar dos seus vícios.
2- A mais recôndita memória dos homens
Quem leu a última edição, viu que esse estava na lista das minhas 10 leituras para 2025 e eu já iniciei no final de 2024. Eu queria muito ler esse livro, ainda mais após os inúmeros elogios que ouvi, e preciso dizer que realmente é isso tudo que dizem. É uma história complexa, com várias peças que vão se encaixando ao longo da leitura, muito inteligente e bem escrita. Um dos motivos pelos quais gostei tanto foi exatamente essa característica fragmentada, lembrando um quebra cabeça, algo que me atrai bastante. São histórias dentro de histórias, formando um todo único e diferente de tudo que já li.
3 - The Answer is No
Escolhi esse por ser uma história curta e de um autor muito elogiado (as obras mais conhecidas dele são Um homem chamado Ove e Gente Ansiosa), além de estar disponível gratuitamente no Prime Reading. Nunca havia lido nada dele e me diverti com essa história. A premissa é boa e os personagens conseguiram me irritar como deveriam. Eu achei que o final deixou a desejar, mas foi uma leitura gostosinha para aliviar o cansaço dos meus dias.
4 - Sobre o cálculo do volume
Decidi pegar esse livro após uma recomendação em uma newsletter que acompanho aqui. É o primeiro volume de uma septologia que a autora não finalizou ainda, em que a protagonista está presa no dia 18 de novembro, vivendo-o repetidamente. É um livro muito bem falado, mas confesso que não deu certo comigo. Gostei da escrita da autora, mas a história foi ficando repetitiva (obviamente estava esperando que com uma premissa dessas, fugir da repetição fosse inevitável) de uma forma que não consigo conceber como ela conseguirá manter os leitores por mais seis volumes. É um livro interessante, mas, no momento, não pretendo ler as continuações.
5 - Deslumbramento
Por último, fechei o mês de janeiro com mais um da minha lista de 10 livros para 2025. Também escolhi esse livro após uma recomendação e devo dizer que gostei bastante dessa história. A escrita do autor é muito bonita e trata de assuntos sensíveis e atuais, uma vez que o protagonista possui um filho atípico de 9 anos, tendo recebido diagnósticos diversos, tentando criá-lo nesse mundo em colapso ambiental, enquanto ambos vivem o luto pela perda da esposa e mãe. Tenho algumas ressalvas sobre essa leitura, em relação às atitudes do pai diante dos diagnósticos e possíveis tratamentos para o filho, mas no geral eu gostei bastante!
E essas foram as minhas leituras desse primeiro mês do ano! Por mais que o cansaço tenha tomado conta, consegui ler bastante porque é uma das coisas que eu mais amo fazer no meu tempo livre. Já iniciei outras leituras, mas isso eu conto numa próxima edição. Até a próxima!
Nossa, comecei a ler a bio do Matthew Perry e não consegui parar. Me pergunto se ele mesmo escreveu ou foi coautoria...